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André Luiz

O espírito que conhecemos como André Luiz, em sua última encarnação foi um médico brasileiro residente no Rio de Janeiro. Com bons conhecimentos científicos e grande capacidade de observação, foi-lhe permitido relatar, através do médium Francisco Cândido Xavier, suas experiências como desencarnado. Desejando manter o anonimato – possivelmente respeitando parentes ainda encarnados – quando questionado sobre seu nome, respondeu adotando o nome de um dos irmãos de Chico Xavier.

Alguns espíritas, talvez mais levados pela curiosidade do que por fins práticos, já criaram algunas hipóteses sobre a identificação do médico carioca desencarnado, mas são apenas especulações sem maior solidez ou confirmação pelo próprio André Luiz.

O primeiro livro de André Luiz é de 1943. Neste livro ele descreve sua chegada ao plano espiritual, iniciando pelo período de pertubação imediato após a morte, seguindo pelo seu restabelecimento e primeiras atividades, até o momento em que se torna „cidadão“ de „Nosso Lar“, colônia espiritual que dá nome ao livro.

A obra medíunica de André Luiz teve – e ainda tem – uma influência considerável sobre o movimento espírita. Suas descrições do plano espiritual – tornando mais preciso e detalhado nosso conhecimento do mesmo – estabeleceram novo patamar de compreensão da vida espiritual, também incentivaram a criação de instituições espíritas devotadas as atividades assistências e grupos de estudos inumeráveis. Por exemplo, temos as „Casas André Luiz“ e o „Grupo Espírita Nosso Lar“, que se dedicam ao atendimento de crianças deficientes; a „Casa Transitória Fabiano de Cristo“, que se dedica ao atendimento de gestantes carentes; o grupo „Os Mensageiros“ que se dedica a distribuição gratuita de mensagens espíritas; a própria Associação Médico-Espírita, que tem aprofundado o estudo das obras mediúnicas de André Luiz e suas relações com a prática médica.

É interessante observar que o primeiro livro de André Luiz causou grande impacto pela novidade de suas informações, alguns chegaram a contestar suas descrições de uma vida espiritual muito semelhante a que levamos na Terra, mas o acúmulo de evidências – deste mensagens descrevendo de modo fragmentário a vida espiritual, até obras completas de outros espíritos, por médiuns como Yvonne A. Pereira – provaram sua veracidade. O mais curioso é que descrições semelhantes já existiam desde os primeiros tempos do „Modern Spiritualism“ – por exemplo, as que foram registradas por Andrew Jackson Davis (nasc. 1826 – desenc. 1910) – mas tinham caido no esquecimento.